Mulheres! Somos mãos artesãs e guardiãs cuidando da vida.

Mulheres! Somos mãos artesãs e guardiãs cuidando da vida.

No Dia Internacional das Mulheres, é importante refletir sobre o significado histórico desta data e os desafios que ainda enfrentamos na busca pela igualdade e justiça para todas as mulheres em todo o mundo.

O 8 de março tem as suas raízes em eventos significativos que marcaram a luta das mulheres pelos seus direitos laborais e sociais. Desde as greves das trabalhadoras têxteis em Nova Iorque em 1857 até às manifestações em 1908 e a proposta de Clara Zetkin em 1910, esta data tem sido um lembrete da persistência e resistência das mulheres na luta pela igualdade.

Ao longo dos anos, foram alcançados avanços significativos em termos de direitos das mulheres, mas ainda enfrentamos desafios importantes, especialmente em setores como a indústria têxtil. A globalização teve um grande impacto na indústria têxtil, empregando milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria das quais são mulheres. No entanto, as condições de trabalho nesta indústria ainda são precárias, com violações dos direitos laborais, trabalho infantil e desigualdade de género sendo problemas comuns.

É fundamental abordar as diferentes causas deste problema e procurar soluções que promovam a sustentabilidade tanto ambiental quanto social. Isso implica estabelecer padrões de qualidade, durabilidade e produção sustentável, bem como garantir a igualdade de género e o respeito pelos direitos laborais. A sustentabilidade não pode ser separada da inclusão laboral e do impacto social de nossas ações; devemos garantir que nossas decisões como consumidoras apoiem soluções que respeitem a vida e empoderem todas as pessoas envolvidas em sua cadeia de abastecimento.

Segundo dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) de Portugal, a indústria têxtil emprega uma grande quantidade de trabalhadores, sendo as mulheres 75% dessa força de trabalho. No entanto, ainda persistem disparidades em relação à contratação e às condições de trabalho, com um número significativo de trabalhadoras com contratos temporários e a tempo parcial.

Neste dia, e todos os dias, é importante reconhecer e valorizar o papel fundamental que as mulheres desempenham em todas as esferas da vida. Somos mãos artesãs e guardiãs cuidando da vida.

Fontes:

  • Moreira, M. R. G. (2019). O Impacto do Trabalho na Saúde: Estudo numa Empresa da Indústria Têxtil e do Vestuário do Norte do País. Universidade Fernando Pessoa, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Porto.
  • Dados do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) de Portugal.

Foto:  Duas jovens em trabalho domiciliário ocupam-se da roca de fiar e do tear (1920?). Guimarães, Domingos Alves Pachado. M-A.G.D.P. Muralha.

Paula Ramos Nogueira «Mulheres de fábrica» Breve história da feminização da indústria têxtil em Guimarães.

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